A Organização Mundial da Saúde (OMS) determina que uma pessoa passa a ser considerada idosa quando atinge os 60 anos. Essa estimativa serve para que sejam criadas políticas públicas e ações afirmativas para quem está na terceira idade, além de levantar questões como envelhecimento populacional, expectativa de vida, entre outras.
Algo que se visa combater com o levantamento desse dado é o desemprego na vida dessas pessoas. Segundo o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), 27,3% dos desempregados com mais de 40 anos busca emprego por pelo menos dois anos e não consegue nada. Muitas empresas não estão dispostas e/ou preparadas para treinar idosos, que acabam ficando à margem da sociedade. Os recrutadores não levam em consideração a experiência profissional e pessoal daqueles que buscam recolocação – que são logo descartados por causa da idade.
Enxergando esse problema, há quem já comece a pensar diferente e seja um exemplo de como receber bem a terceira idade no mercado. Um dos fatores que contribuem com esse novo olhar é o envelhecimento da população brasileira. Considerando que as pessoas tendem a viver cada vez mais, é importante levar tal fato em consideração ao pensar no futuro do trabalho. Além disso, ainda segundo o Ipea, muitas famílias enfrentam dificuldades econômicas, então param de trabalhar mais tarde.
Além de ajudar quem precisa, contratar idosos tem vantagens. Eles tendem a ser mais comprometidos – já que ao longo de suas vidas adquiriram paciência e determinação para realizar tarefas – e possuem muita inteligência emocional, o que pode ajudar trabalhadores mais jovens a solucionar conflitos. Entretanto, é importante que a empresa se atente à algumas especificidades. Se tecnologias forem necessárias no ambiente, os trabalhadores mais velhos talvez precisem de alguém que os ensine a lidar com os sistemas modernos. A mobilidade até o local e a jornada de trabalho também devem ser levadas em consideração.
A Unilever, multinacional britânica de bens de consumo, criou o programa Senhor Estagiário para contratar pessoas com mais de 50 anos no ano de 2019. Muitos interessados apareceram, o que mostra a dimensão da demanda. A repercussão foi cinco vezes maior do que a dos processos para estágios tradicionais. O objetivo era preparar estudantes com mais de 50 anos para o mercado de trabalho.
A companhia aérea Gol empregou mais de 1,8 mil funcionários com mais de 50 anos através do programa “Experiência na Bagagem”. Esses contratados tinham, além de um currículo bom, maior comprometimento e motivação. Mais um exemplo é a Vivo. 6% de seus colaboradores tem mais de 50 anos.
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